Algumas instituições religiosas cristãs estão como se justificando suas condutas em púlpitos como ressoassem a música de Tim Maia: "Vale o que vier, Vale o que quiser, Vale tudo. Só não vale homem dançar com homem nem mulher com mulher, o resto vale!". Enfim, parece que está valendo tudo para que haja "salvação", que o fim justificam os meios... será? A palavra grega eclesia significa levar para fora, este é o sentido da igreja, levar para fora daquilo que se está cheio, presume-se "luz" e "sal da terra" (Mat5:13). Mas e se o tempero demora muito a pegar, dá trabalho ou pior, se torna insípido, vale tudo até buscar novos aromas e sabores ainda que não sejam propriamente o sal. É neste contexto que se verifica o que ouso denominar de Teologia Tim Maia, uma expressão da nova igreja que busca atrair e importar valores do mundo e trazer para dentro, a santificação do profano. Novos altares estão sendo construídos a um deus desconhecido, que não representa mais o Deus dos judeus, nem o Deus dos Cristãos, Jesus sendo pregado como convém o amor por este mundo e suas coisas e conquistas. Em Deuteronômio no capítulo 12 vemos algo parecido, mas paradoxalmente, onde o Senhor torna profano os muitos altares construídos pelo homem e considera apenas santo, separado aquele que o próprio Yahweh escolher. Mas santificar o profano não é uma novidade. Temos a tendência de contextualizar sem aplicar uma exegese e hermenêutica adequada da palavra de Deus. Adaptamos partes daquilo que nos agrade, mudamos o sentido e aplicamos naquilo que é afim com o mundo e voia la temos um novo deus e uma religião prontinhos para aceitar tudo que somos e não devemos mudar. O sincretismo é uma tendência diriam uns, característica do modernismo, mas este movimento emergente não é isso, porque sincretismo não se abandona valores e princípios, mas os assimila naquilo que se pode tolerar. Podemos delimitar um pouco a origem deste movimento citando os católicos no século XX com assimilação das religiões afro, as mães de santo nas escadarias do Bonfim, as baterias os shows de rock, o gospel nas igrejas pentecostais e atualmente descambou-se para o vale tudo até mesmo esquecer o nome de Deus e o que Ele representa, construir altares a um Deus desconhecido, afinal cada igreja, e são muitas, tem sua própria aplicação da palavra. Assim tudo passa a valer desde que bem interpretado, o cenário é de disputa pelo púlpito e audiência de uma igreja cheia, tudo vale para chamar atenção e o ibope até trazer o carnaval para o altar como já fizeram uns, vamos lá era profano lá fora, mas aqui se dá um jeito, se santifica. Não podemos esquecer que até o sacerdote tinha uma preparação, um ritual, uma santificação para entrar no Templo de Deus, hoje somos Templo do Espírito Santo e a igreja a Congregação dos Justos, lugar onde o pecador encontra o caminho e se arrepende, mas e se não houver caminho dentro da congregação, e se o mundo estiver tão dentro quanto já presente fora? Trazer o mundo pra dentro da igreja e não levar a igreja para fora no mundo. Discute -se que vale tudo para salvação de uma alma, até mesmo distorcer o próprio evangelho que convida a seguir Jesus tão logo abandone a vida anterior de pecado, através do arrependimento genuíno e a renovação da mente como apóstolo Paulo afirma em Romanos 12:2. Alias salvar o perdido sem lhe indicar o caminho, é falar do céu sem oportunizar experimentá-lo pela santidade, é falar que existe uma porta mas não mostrá-la, é vir mas permanecer do jeito que estava, é sair de um grupo dos "perdidos e sem salvação" para o grupo dos "igrejados sem Cristo". Salvação implica em renúncia dos "Eus" e dependência de Deus, ser renovado na fé que capacita em meio às aflições deste mundo na perseverança com esperança de um Deus pai, que não passa a mão na cabeça, mas educa o caminho que se deve seguir . Este século está marcado por falsos profetas, como adverte a palavra em 1João2:19, que começaram como verdadeiros, mas se perderam no meio do caminho do Calvário, deixando a Cruz, mudando o caminho e se agarrando as coisas deste mundo e suas paixões. Aquele que mais sofre com tudo isso é sem dúvida o neófito, novo na fé, que tudo abraça em seu desconhecimento da verdade, mas numa entrega deliberada de amor que mal direcionada pelo falso profeta leva à perdição, à decepção e à não transformação. Disse Jesus à Nicodemos em João 3:3 "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Mas não houve novo nascimento, mas a perpetuação da antiga existência que antes profana e agora religiosamente santificada, não pelas mãos de Deus, mas pela do homem. São tempos difíceis, mas não os piores, e, aqueles que buscam a verdade devem se levantar e proclamar o verdadeiro evangelho com amor, mas também com novo nascimento e transformação. E a voz clama do deserto: arrependei-vos!
sábado, 16 de março de 2019
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Transcender o dissabor da dor.
O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d' água e bebesse.
▬ Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
▬ Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
▬ Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
▬ Qual é o gosto?
▬ Bom! - Disse o rapaz.
▬ Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.
▬ Não - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
▬ A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
▬ É deixar de ser 'copo' para tornar-se um 'lago'.
Somos o que nos transformamos. Não deixe o sal da amargura tomar o sabor da sua vida.
▬ Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
▬ Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
▬ Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
▬ Qual é o gosto?
▬ Bom! - Disse o rapaz.
▬ Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.
▬ Não - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
▬ A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras:
▬ É deixar de ser 'copo' para tornar-se um 'lago'.
Somos o que nos transformamos. Não deixe o sal da amargura tomar o sabor da sua vida.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Idade com sabedoria
Sozinho, pensamos mais do que acompanhados.
É o que parece, ao menos nesta noite de ínfimas estrelas que mal claream o luar.
Um verão atípico de poucas emoções está a começar.
Quem me dera se fosse aquele menino de ontem, não estaria mais sozinho,
mas acompahado do vigor e disposição enaltecidos de altas doses de juventude.
Mas não, quem me acompanha não é dada a aventuras, está mais ao prosélito.
É assim, a idade...
Chega levando toda a irresponsabilidade e trazendo prudência e tolerância,
ao menos aos que a percebem, pois sempre há aqueles que endeusam a existência
física como enternos hillanders de uma geração morta.
A felicidade deixa de abrigar "o fazer o que quer" e migra para "o não fazer o que não quer.
Se exige muito mais força de vontade e se é muito mais compensado ao não fazer o que não quer do que fazer o que se quer, Rousseau na densa exclamação da compreensão do ser humano afirma ter descoberto a verdadeira felicidade: "A felicidade que preciso não é a de fazer o que quero, mas a de não fazer o que não quero".
O mesmo homem talentoso que outrora préjulgou o homem como fruto do meio, aqui contribui para o entendimento da verdadeira felicidade, a que ultrapassa a idade e gerações. (todos erram)
De fato, grandes homens souberam de sobremaneira utilizar a sua frase com sabedoria, políticos, economistas a decoram e empregam no dia a dia, a inteligência dessa frase é pontual.
Como já dizia um provérbio italiano, "a sabedoria vem de escutar; de falar, vem o arrependimento."
Seguir adiante é abandonar o que a juventude tem de melhor, a liberdade de errar e abraçar a idade como um laboratório de resultados positivos para se empregar numa vida cada vez mais produtiva e verdadeiramente feliz.
Errar é humano, mas permanecer no erro é uma grande tolice.
Adquira a prudência com os erros e não os repita, não há situação em que se gaste tempo com mais proveito do que quando se é lesado; pois de um só golpe adquire-se a prudência.
É o que parece, ao menos nesta noite de ínfimas estrelas que mal claream o luar.
Um verão atípico de poucas emoções está a começar.
Quem me dera se fosse aquele menino de ontem, não estaria mais sozinho,
mas acompahado do vigor e disposição enaltecidos de altas doses de juventude.
Mas não, quem me acompanha não é dada a aventuras, está mais ao prosélito.
É assim, a idade...
Chega levando toda a irresponsabilidade e trazendo prudência e tolerância,
ao menos aos que a percebem, pois sempre há aqueles que endeusam a existência
física como enternos hillanders de uma geração morta.
A felicidade deixa de abrigar "o fazer o que quer" e migra para "o não fazer o que não quer.
Se exige muito mais força de vontade e se é muito mais compensado ao não fazer o que não quer do que fazer o que se quer, Rousseau na densa exclamação da compreensão do ser humano afirma ter descoberto a verdadeira felicidade: "A felicidade que preciso não é a de fazer o que quero, mas a de não fazer o que não quero".
O mesmo homem talentoso que outrora préjulgou o homem como fruto do meio, aqui contribui para o entendimento da verdadeira felicidade, a que ultrapassa a idade e gerações. (todos erram)
De fato, grandes homens souberam de sobremaneira utilizar a sua frase com sabedoria, políticos, economistas a decoram e empregam no dia a dia, a inteligência dessa frase é pontual.
Como já dizia um provérbio italiano, "a sabedoria vem de escutar; de falar, vem o arrependimento."
Seguir adiante é abandonar o que a juventude tem de melhor, a liberdade de errar e abraçar a idade como um laboratório de resultados positivos para se empregar numa vida cada vez mais produtiva e verdadeiramente feliz.
Errar é humano, mas permanecer no erro é uma grande tolice.
Adquira a prudência com os erros e não os repita, não há situação em que se gaste tempo com mais proveito do que quando se é lesado; pois de um só golpe adquire-se a prudência.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Fim do Romantismo, Início do novo Amor.
CASAMENTO É COISA DE GENTE GRANDE E INDEPENDENTE.
A idéia de que uma pessoa é o remédio, a razão para a felicidade da outra, remonta ao nascimento do Romantismo.
Naquela época havia a enorme ansia de encontrar a cara metade, a alma gêmea. Nesta concepção é comum vislumbrarmos pessoas que imaginam seus príncipes e princesas encantadas, com os atributos de personalidade e caráter mínimos ou essenciais.
Nesta busca pela alma gêmea as desilusões são constantes, as pessoas enxergam na outra apenas o que querem ver, inventando uma nova e distorcida personalidade completamente diferente daquela que está ao seu lado.
E a consequência disso? Uma hora a casa cai, e a realidade rompe abruptamente com o paraíso idealizado.
Numa visão mais moderna é necessário conceber o amor ao critério das mudanças provocadas por nossas últimas conquistas sociais, tecnológicas e econômicas. O homem é hoje um ser que precisa caminhar sempre rumo ao norte, não há chance de sucesso para os que estagnam na vida.
Com isso o significado da palavra amor dado pelo romantismo que direciona ao relacionamento dependente e condição básica para a felicidade, está destinado a desaparecer neste século.
A palavra de ordem é parceria. Devemos trocar o amor de necessidade, pelo amor de desejo. "Eu desejo a companhia do outro, mas não preciso, o que é muito diferente".
Para isso é necessário que aprendamos a viver mais conosco mesmos. Enxergar o amor como a união de dois inteiros e não duas metades.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. Nesta nova relação ambos devem crescer.
Nossa forma de agir não pode servir de referência para avaliar ninguém, cada cérebro é único, e ressalvadas os padrões de moralidade e ética não podemos sancionar o outro.
A harmonia da vida, a felicidade e a paz de espírito só podem ser encontrados em nós mesmos (para os cristãos, como eu, pensem em Deus presente em nós). Ao percebermos isso nos tornamos mais compreensivos com as diferenças e deixamos de procurar a outra metade da maça mas uma outra maça, mais o desejo do que a necessidade.
Boa sorte.
(O fim do romantismo, o início do verdadeiro amor. COLLI, Fabrino. NOVA MORAL NAS RELAÇÕES AFETIVAS).
quinta-feira, 27 de março de 2008
Ensinamento Socrático
Apesar de Sócrates em seu julgamento alegar que não ensinava qualquer coisa, protestando ele, que "não sabia o suficiente para ensinar a ninguém qualquer coisa", de fato através de seus interrogatórios conseguia levar luz aos argumentos de todos tornando visível suas consequencias antes despercebidas.
Uma grande lição de Sócrates sobre sabedoria deve ser sempre lembrada:
"...refleti à medida que me afastava, bem, sou certamente mais sábio do que esse homem. É muito provável que nenhum de nós tenha qualquer conhecimento de que se gabar, mas ele acha que sabe alguma coisa que não sabe, enquanto eu estou absolutamente consciente de minha ignorância. De qualquer modo, parece que quanto a esse pequeno detalhe, sou um pouco mais sábio do que ele: eu não acho que sei o que não sei." Platão, Apologia, 21d (CDP, p.7)
Uma grande lição de Sócrates sobre sabedoria deve ser sempre lembrada:
"...refleti à medida que me afastava, bem, sou certamente mais sábio do que esse homem. É muito provável que nenhum de nós tenha qualquer conhecimento de que se gabar, mas ele acha que sabe alguma coisa que não sabe, enquanto eu estou absolutamente consciente de minha ignorância. De qualquer modo, parece que quanto a esse pequeno detalhe, sou um pouco mais sábio do que ele: eu não acho que sei o que não sei." Platão, Apologia, 21d (CDP, p.7)
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Família, uma relação de afetividade ou assistência econômica recíproca?
Você é responsável pelo que cativa. Para toda ação se exige o bom senso e responsabilidade. Expressar sentimentos de afeição por uma pessoa extravaza a esfera individual atingindo terceiro que se cativa com a relação, logo exsurgi obrigações morais e responsabilidade pelo o evento daquele que deu causa.
Uma família não é diferente. As relações que se mantém no campo afetivo são essenciais para a preservação de um bom relacionamento familiar. Manter uma família unida hoje não se pode considerar apenas a sua manutenção econômica, mas estar presente de fato na educação,criação e preservação dos valores éticos e morais.
Com o abandono dos valores de afetividade para o predomínio do valor econômico muitas Leis e aplicações jurídicas tem se afastado do ideal de família a que imaginou o constituinte ao promulgar a carta de 1988.
As demandas judiciais visando alimentos para filhos, por exemplo, são as mais crescentes nos Tribunais, e o único objetivo que se pretende é a prestação de alimentos em dinheiro para custear a educação, formação e alimentação do menor. Com certeza, um menor necessitará de muito mais que dinheiro para se transformar numa pessoa com valores sociais dignos. A presença dos pais na educação dos filhos sequer são abordadas, quando é claro o dever do MP fiscalizar e prezar pelo bem estar deste.
Assim também, são as demandas de pais pleiteando com fundamento no parentesco o dever de serem auxiliados quando suas funções vitais não mais lhe permitem a manutenção por si só. Mas nestas demandas o que se verifica é o mesmo objeto daquela, a pretensão pecuniária prestada com habitualidade.
Estamos reduzindo a obrigações de direito material nossas relações de família, abandonando a afetividade e a dignidade, ser pai ou ser filho é mais do que ter direito a alimentos recíprocos.
Assim como a sociedade a lei parece perder sua finalidade maior, que é preservar a dignidade da pessoa humana, seus valores mais subjetivos.
A dignidade da pessoa humana passou a ser mencionada em casos jurídicos a fim de se assegurar a manutenção econômica mínimo do indivíduo, sua subsistência.
No entanto o princípio assegurado na constituição não visa apenas garantir a alimentação, vestuário ou subsitencia mínima do indivíduo, mas assegurar também uma criação digna, valores morais e éticos que só os pais e familiares poderiam repassar.
Não justifica também menionar a denominada "crise da familia no direito brasileiro" para justificar o abandono. A sociedade se modifica para o bem e clama por novas normas que regulamente novas situações. mas quando a sociedade se modifica para valores inferiores aos já consolidados é dever do direito remolda-la coercitivamente e não trasnmudar sua finalidade e de seus institutos ou princípios. Se a família hoje esta em crise no direito é porque os valores que decaíram na sociedade também estão decaindo na esfera jurídica, e isso não se pode permitir.
Nascemos iguais, mas não nos desenvolvemos de modo semelhante. O modo como formamos nosso caráter e personalidade, bem como adquirimos nossas virtudes esta intimamente ligada à Família e as pessoas que participaram ativamente do nosso convívio pessoal durante o desdobrar dos anos.
Absorvemos com o passar do tempo a noção de ética e moral, valorizar certas condutas e desprezar outras, e é praticamente impossível localizar pessoas que possuem a mesma personalidade e caráter, assim como virtudes. Nem mesmo gêmeos idênticos, criados na mesma família, não compartilham as mesmas virtudes e personalidade apesar de lhe serem demonstradas ao longo do desenvolvimento o mesmo agir, educação e exemplo pela Familia.
Existe uma clara influência do meio que se vive, mas sobretudo há uma influência muito maior da família na criação das pessoas. Deixar ao abandono a criação para se privilegiar apenas sua subsistência econômica sem valores de afetividade, moral e ética é apostar numa sociedade desprovida de valores éticos e morais, como a que se principia a presente tendendo ao desprestígio de tão formoso e precioso instituto.
Para podermos conviver com um mínimo de dignidade e, sobretudo, menos aborrecimentos nas condutas humanas devemos exprimir nossas vontades com maior respeito ao outro, sermos educados e inteligentes e preservar a família como principal elemento do Estado e Sociedade. Esta é a parte que devemos evoluir para algo melhor do que o que somos hoje.
Uma família não é diferente. As relações que se mantém no campo afetivo são essenciais para a preservação de um bom relacionamento familiar. Manter uma família unida hoje não se pode considerar apenas a sua manutenção econômica, mas estar presente de fato na educação,criação e preservação dos valores éticos e morais.
Com o abandono dos valores de afetividade para o predomínio do valor econômico muitas Leis e aplicações jurídicas tem se afastado do ideal de família a que imaginou o constituinte ao promulgar a carta de 1988.
As demandas judiciais visando alimentos para filhos, por exemplo, são as mais crescentes nos Tribunais, e o único objetivo que se pretende é a prestação de alimentos em dinheiro para custear a educação, formação e alimentação do menor. Com certeza, um menor necessitará de muito mais que dinheiro para se transformar numa pessoa com valores sociais dignos. A presença dos pais na educação dos filhos sequer são abordadas, quando é claro o dever do MP fiscalizar e prezar pelo bem estar deste.
Assim também, são as demandas de pais pleiteando com fundamento no parentesco o dever de serem auxiliados quando suas funções vitais não mais lhe permitem a manutenção por si só. Mas nestas demandas o que se verifica é o mesmo objeto daquela, a pretensão pecuniária prestada com habitualidade.
Estamos reduzindo a obrigações de direito material nossas relações de família, abandonando a afetividade e a dignidade, ser pai ou ser filho é mais do que ter direito a alimentos recíprocos.
Assim como a sociedade a lei parece perder sua finalidade maior, que é preservar a dignidade da pessoa humana, seus valores mais subjetivos.
A dignidade da pessoa humana passou a ser mencionada em casos jurídicos a fim de se assegurar a manutenção econômica mínimo do indivíduo, sua subsistência.
No entanto o princípio assegurado na constituição não visa apenas garantir a alimentação, vestuário ou subsitencia mínima do indivíduo, mas assegurar também uma criação digna, valores morais e éticos que só os pais e familiares poderiam repassar.
Não justifica também menionar a denominada "crise da familia no direito brasileiro" para justificar o abandono. A sociedade se modifica para o bem e clama por novas normas que regulamente novas situações. mas quando a sociedade se modifica para valores inferiores aos já consolidados é dever do direito remolda-la coercitivamente e não trasnmudar sua finalidade e de seus institutos ou princípios. Se a família hoje esta em crise no direito é porque os valores que decaíram na sociedade também estão decaindo na esfera jurídica, e isso não se pode permitir.
Nascemos iguais, mas não nos desenvolvemos de modo semelhante. O modo como formamos nosso caráter e personalidade, bem como adquirimos nossas virtudes esta intimamente ligada à Família e as pessoas que participaram ativamente do nosso convívio pessoal durante o desdobrar dos anos.
Absorvemos com o passar do tempo a noção de ética e moral, valorizar certas condutas e desprezar outras, e é praticamente impossível localizar pessoas que possuem a mesma personalidade e caráter, assim como virtudes. Nem mesmo gêmeos idênticos, criados na mesma família, não compartilham as mesmas virtudes e personalidade apesar de lhe serem demonstradas ao longo do desenvolvimento o mesmo agir, educação e exemplo pela Familia.
Existe uma clara influência do meio que se vive, mas sobretudo há uma influência muito maior da família na criação das pessoas. Deixar ao abandono a criação para se privilegiar apenas sua subsistência econômica sem valores de afetividade, moral e ética é apostar numa sociedade desprovida de valores éticos e morais, como a que se principia a presente tendendo ao desprestígio de tão formoso e precioso instituto.
Para podermos conviver com um mínimo de dignidade e, sobretudo, menos aborrecimentos nas condutas humanas devemos exprimir nossas vontades com maior respeito ao outro, sermos educados e inteligentes e preservar a família como principal elemento do Estado e Sociedade. Esta é a parte que devemos evoluir para algo melhor do que o que somos hoje.
A Lei deve ser o reflexo da sociedade.
O Direito tal como vislumbramos pode significar genéricamente o que se tem por não ilícito fazer, condutas consolidadas nos costumes e por fim as consolidadas no ordenamento legal.
Mas como se observa até pelos leigos é que nem sempre contamos com previsões legais para fazer ou deixar de fazer alguma coisa, pois seria impensável no momento da promulgação de uma lei pensar no surgimento de novas situações.
É o que acontece com todas as Leis ordinárias em nosso país, sobretudo as que regem as condutas e organização dos seres humanos.
O Novo Código Civil é fruto de um projeto de lei de 1975, antes mesmo da Lei do Divórcio e até mesmo da Constituição.
Como poderia o Legislador pensar em casos que poderiam surgir no próximo século? É por isso que o novel codex foi fruto de inumeras emendas antes mesmo de ser definitivamente promulgado e até mesmo hoje é constantemente alterado por leis supervenientes.
O que deve restar bem claro é que nem sempre se é possivel prever todas as situações da vida privada. E que nem sempre o legislador é feliz ao prever situações de maneira restrita não admitindo extensão ou aplicação ampliativa de determinados institutos.
Bem, numa análise técnico-juridica do ordenamento legal, não poderíamos impor a situações novas a definição de termos previstos para situações diferentes, mas quase sempre se é possível com fulcro no príncipio constitucional da igualdade ampliar os efeitos daquele instituto e valorar situações não previstas em lei.
É o que acontece a exemplo da família. Prever ou dispor sobre o que é a familia é o mesmo que usar de critérios objetivos para valorar o subjetivo. E, ressalta-se são pessoas humanas quem elaboram as leis, e portanto seria impensável que não adotem pontos de vistas subjetivos para prever objetivamente atos e fatos jurídicos.
A família hoje constitucionalmente deve ser entendida de acordo com os objetivos e fundamentos da República, bem como o principio da igualdade que deve ser orientado pelo reconhecimento das diferenças.
Nesse diapasão, encontra-se normativa que rege a familia observando lugar àqueles homens e mulheres que resolvam se unir em laços de afetividade.
Porém família é mais que isso. Na psicologia já se tem assentado que família tem ligação com locus, ou lugar que as pessoas tem para retornar, se sintam protegidas, que podem ter seus sonhos fomentados, um lugar de afetividade e carinho.
Estes são valores que não devem ser ignoados, pois o direito é fruto do meio, e o meio é quem deve prevalecer sobre o direito. Se o meio não é mais o mesmo muda-se o direito. O direito é instituido para regular as condutas humanas, se as condutas não são mas as previstas deve se mudar as normas que devem regular as inovações.
Por conseguinte, o Direito é uma Ciência Humana, e não se pode desprezar ciências afins, como sociologia, filosofia e psicologia. Logo, devemos entrender a realidade que vivemos e clamar por leis que assegurem os direitos transmudados.
O que não se deve admitir é a dogmatização de extruturas legais que só se pode defender ao fundamento de si mesmas.
O que deve prevalecer numa situação de ampliação de efeitos de uma norma legal a uma situação análoga mas peculiar é interpretação constitucional, ampliando-se quase sempre os efeitos para abranger situações não previstas, com pbservancia ao princípio da igualdade, e com a devida cautela de não se extender a noção do instituto o que deve ser coibido.
Concluindo, devemos sempre estar atento às mudanças na sociedade e ao surgimento de novas situações jurídicas não reguladas em lei, possuindo o julgador aqui papel de agente transformador regulando essas situações ao pedido dos interessados e sempre atendendo a normativa constitucional do princípio da igualdade e do objetivo de reduzir as desigualdades, preconceito ou discriminação de qualquer ordem.
Mas como se observa até pelos leigos é que nem sempre contamos com previsões legais para fazer ou deixar de fazer alguma coisa, pois seria impensável no momento da promulgação de uma lei pensar no surgimento de novas situações.
É o que acontece com todas as Leis ordinárias em nosso país, sobretudo as que regem as condutas e organização dos seres humanos.
O Novo Código Civil é fruto de um projeto de lei de 1975, antes mesmo da Lei do Divórcio e até mesmo da Constituição.
Como poderia o Legislador pensar em casos que poderiam surgir no próximo século? É por isso que o novel codex foi fruto de inumeras emendas antes mesmo de ser definitivamente promulgado e até mesmo hoje é constantemente alterado por leis supervenientes.
O que deve restar bem claro é que nem sempre se é possivel prever todas as situações da vida privada. E que nem sempre o legislador é feliz ao prever situações de maneira restrita não admitindo extensão ou aplicação ampliativa de determinados institutos.
Bem, numa análise técnico-juridica do ordenamento legal, não poderíamos impor a situações novas a definição de termos previstos para situações diferentes, mas quase sempre se é possível com fulcro no príncipio constitucional da igualdade ampliar os efeitos daquele instituto e valorar situações não previstas em lei.
É o que acontece a exemplo da família. Prever ou dispor sobre o que é a familia é o mesmo que usar de critérios objetivos para valorar o subjetivo. E, ressalta-se são pessoas humanas quem elaboram as leis, e portanto seria impensável que não adotem pontos de vistas subjetivos para prever objetivamente atos e fatos jurídicos.
A família hoje constitucionalmente deve ser entendida de acordo com os objetivos e fundamentos da República, bem como o principio da igualdade que deve ser orientado pelo reconhecimento das diferenças.
Nesse diapasão, encontra-se normativa que rege a familia observando lugar àqueles homens e mulheres que resolvam se unir em laços de afetividade.
Porém família é mais que isso. Na psicologia já se tem assentado que família tem ligação com locus, ou lugar que as pessoas tem para retornar, se sintam protegidas, que podem ter seus sonhos fomentados, um lugar de afetividade e carinho.
Estes são valores que não devem ser ignoados, pois o direito é fruto do meio, e o meio é quem deve prevalecer sobre o direito. Se o meio não é mais o mesmo muda-se o direito. O direito é instituido para regular as condutas humanas, se as condutas não são mas as previstas deve se mudar as normas que devem regular as inovações.
Por conseguinte, o Direito é uma Ciência Humana, e não se pode desprezar ciências afins, como sociologia, filosofia e psicologia. Logo, devemos entrender a realidade que vivemos e clamar por leis que assegurem os direitos transmudados.
O que não se deve admitir é a dogmatização de extruturas legais que só se pode defender ao fundamento de si mesmas.
O que deve prevalecer numa situação de ampliação de efeitos de uma norma legal a uma situação análoga mas peculiar é interpretação constitucional, ampliando-se quase sempre os efeitos para abranger situações não previstas, com pbservancia ao princípio da igualdade, e com a devida cautela de não se extender a noção do instituto o que deve ser coibido.
Concluindo, devemos sempre estar atento às mudanças na sociedade e ao surgimento de novas situações jurídicas não reguladas em lei, possuindo o julgador aqui papel de agente transformador regulando essas situações ao pedido dos interessados e sempre atendendo a normativa constitucional do princípio da igualdade e do objetivo de reduzir as desigualdades, preconceito ou discriminação de qualquer ordem.
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